O aumento no consumo de energia elétrica causado pela onda de calor nos últimos meses no Brasil acende novamente o debate da transição energética e da necessidade de o país caminhar para uma economia cada vez mais segura e verde com o uso das tecnologias de armazenamento de energia elétrica, sobretudo no complemento das fontes renováveis, como solar e eólica.
Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), as novas tecnologias de baterias combinadas com a geração solar, tanto nas grandes usinas centralizadas quanto nos pequenos e médios sistemas em telhados e terrenos, reforçam a segurança do sistema elétrico e melhoram a qualidade de atendimento e a autonomia dos consumidores brasileiros.
“Ao combinar, por exemplo, a fonte solar com as baterias, há um ganho exponencial de segurança e robustez da matriz elétrica brasileira, com mais sustentabilidade. Tais tecnologias são essenciais para aliviar o sistema elétrico nacional, especialmente no atual período de onda de calor, ajudando a fortalecer o suprimento da demanda nos horários de maior consumo de eletricidade pela sociedade”, diz Carlos Dornellas, diretor técnico-regulatório da ABSOLAR.
Segundo o executivo, a fonte solar fotovoltaica tem sido cada vez mais fundamental no suporte ao Sistema Interligado Nacional em momentos de elevação das temperaturas, um desafio que pode se tornar ainda mais frequente com o aquecimento global em curso. “Além de proteger o bolso do consumidor, a energia solar evita as emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade, pois é uma fonte que não emite nenhum gás, líquido ou sólido durante a sua operação”, explica Dornellas.
Carlos Dornellas
Diretor técnico-regulatório da ABSOLAR
A ABSOLAR lembra ainda do desafio na implementação de medidas para a equalização da carga tributária (redução de impostos sobre as baterias), justamente para tornar a tecnologia acessível a todas as camadas da população, para uso pelos consumidores. Atualmente, a carga tributária sobre baterias chega a somar mais de 80%, o que inviabiliza diversas aplicações possíveis no mercado.
Equiparar estes impostos aos aplicados às fontes renováveis, uma medida de isonomia amplamente justificável, solucionaria a questão e abriria imensas oportunidades ao Brasil na atração de investimentos e geração de empregos verdes neste novo segmento.
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