A inadimplência nos condomínios cresce anualmente. Em outubro de 2024, atingiu 13,84%, e a tendência para 2025 é de agravamento devido à inflação e ao alto custo de vida. Isso torna a gestão financeira ainda mais desafiadora para os síndicos, que lidam com orçamentos apertados e condôminos resistentes a novos reajustes.
Diante desse cenário, algumas administrações recorrem a empresas “Garantidoras”, que assumem a cobrança e antecipam a receita inadimplida mediante remuneração por taxas e encargos. No entanto, essa prática não resolve o problema de forma definitiva, pois os condôminos podem continuar atrasando pagamentos nos meses seguintes.
De acordo com Jorge Igor Rangel, CEO DomusBank, a inadimplência exige uma abordagem estratégica, baseada em planejamento, processos bem definidos e comunicação eficaz. Algumas medidas recomendadas incluem:
Mapear a inadimplência
Analisar relatórios mensais, identificar percentuais logo após a compensação dos boletos e acompanhar a inadimplência acumulada após 30 dias do vencimento.
Classificar os inadimplentes
Categorizar os devedores de acordo com o histórico de pagamento:
• Críticos: devem mais de 6 cotas.
• Erráticos: alternam entre pagar e atrasar, sem acumular mais de 3 cotas.
• Eventuais: devem até 2 cotas esporadicamente.
• Impontuais: atrasam, mas quitam antes de 30 dias.
Contratar assessoria de cobrança especializada: Buscar empresas com processos estruturados para reduzir a inadimplência, além de estabelecer uma política de acordo padrão e levar casos excepcionais à assembleia.
Implementar um plano de comunicação: Informar os condôminos sobre as etapas e consequências da cobrança, além dos custos envolvidos. Também é essencial divulgar melhorias e investimentos no condomínio para conscientizar sobre a importância do pagamento em dia.
Jorge Igor Rangel
CEO DomusBank
“Com essas ações, é possível reduzir a inadimplência a níveis inferiores à média de mercado e reverter a tendência de alta”, disse Jorge Igor.
Por fim, programas de antecipação de taxas devem ser usados apenas como ferramenta temporária, auxiliando na estabilização enquanto medidas estruturais são implementadas. Sem planejamento adequado, recorrer a “Garantidoras” pode tornar o condomínio dependente do crédito, comprometendo sua saúde financeira a longo prazo.
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