Como reduzir os impactos nos condomínios

Muitos estão desempregados, outras tiveram os rendimentos reduzidos e empresas estão fechadas, esse é um cenário ideal para a inadimplência nos condomínios. O síndico como líder necessita ter o controle e havendo “novos inadimplentes” efetuar diligência logo no primeiro mês acerca do motivo.

Fábio Bicalho, diretor de negócios e contratos do Grupo Exatta, contou que o acompanhamento mês a mês das contas condominiais mostrou um pequeno crescimento em abril, e um pouco maior em maio. “Para enfrentarmos esse cenário, iniciamos desde abril, campanhas para que os condôminos privilegiem os pagamentos das cotas para manter o condomínio em condição de cuidar do bem-estar da comunidade em isolamento”, contou Fábio Bicalho.

Revisar a previsão orçamentária a cada movimentação é uma recomendação válida até o término da pandemia. “Os condomínios necessitam ter reservas para que seja possível não prejudicar os pagamentos por conta dos inadimplentes. Recomendamos também que a recuperação dos débitos seja realizada por uma empresa de cobrança especializada em condomínios, isto fará a diferença na revisão dos perfis de inadimplentes”, conta Michele Lôrdelo, especialista em Auditoria Condominial.

 A Auditoria Contábil Preventiva também é essencial neste momento. “A auditoria analisa mensalmente se existe a implantação de cronogramas de cobrança (cartas, comunicados, etc) que resultem em retornos mais céleres, além da necessidade de acompanhamento do devedor, apresentando campanhas/mutirões de negociação, não deixando a inadimplência ser elevada e nem ficar sem controles internos”, alertou Michele.

O Grupo Exatta está realizando assembleias virtuais para, quando possível, reduzir valor de cotas condominiais e suspender cobrança de taxas extras e fundo de reserva. “Nosso setor jurídico mantém intenso diálogo com condôminos para recuperação de inadimplência, com um cuidado ainda maior para apreciar junto com o síndico de cada empreendimento as condições específicas de cada inadimplente, haja vista que o momento exige uma análise mais acurada e compreensiva de caso a caso. Como se espera um impacto ainda maior nas rendas das famílias para os próximos meses, a ampliação das medidas de contenção de despesas e, no limite, utilização de reservas financeiras, deverão ser adotadas” reforçou Fábio Bicalho.

“Gerir condomínios é ter o cuidado com o patrimônio, com a proteção dos colaboradores que trabalham no prédio e dos condôminos, e para isto, a gestão de receitas e da inadimplência são pontos fulcrais”, reforça Michele.