Entrou em vigor, no dia primeiro de janeiro, a tarifa branca opcional. Nesta primeira fase de 2018, a tarifa proporciona as unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 500 kWh pagar pela energia de acordo com o dia e o horário de seu consumo. Porém, é importante avaliar o perfil de consumo com medição através de registradores antes de aderir à nova tarifa, pois, se mal utilizada, pode gerar aumento na conta de luz, em vez de economia.
“Um imóvel com a escolha adequada da tarifa pode economizar até 40% na conta de energia”, conta Gerson Sampaio, diretor da Teknergia, empresa de diagnósticos, estudos e projetos visando a economia de Energia de forma técnica e legal.
De acordo com a Aneel, nos dias úteis, o valor da Tarifa Branca irá variar em três horários. Na Bahia ficou definido da seguinte forma: Ponta, tarifa cara das 18h às 21h, Intermediário, tarifa pouco superior à atual das 16h às 18h, e fora de ponta, tarifa com desconto no restante dos horários, inclusive nos feriados nacionais e finais de semana.
Segundo Gerson Sampaio, o valor da tarifa no horário fora de ponta gera uma economia de 18% em relação à atual. “Já, o consumo dentro do horário de pico passa a ser um grande perigo para o cliente porque o valor dele, se comparado com a tarifa convencional, chega a 108% maior do que o valor da tarifa convencional. E no intermediário, um acréscimo de 32% em relação à atual. Então, o cliente tem que conhecer seus hábitos elétricos, através de medição, para saber fazer o uso da energia elétrica fora do horário de ponta”, explica Gerson.
A intenção da tarifa branca é racionalizar o consumo nos horários de ponta e estimular a utilização nos períodos de baixa demanda. “Então, nem todos conseguirão reduzir a utilização nos horários em que a tarifa é mais cara. O consumidor tem que ficar atento a esses detalhes e analisar bem antes de tomar a sua decisão”, revela Gerson.
A conta de energia elétrica poderá baixar até 40% todo o ano. “Para isso, é necessário medir seu consumo nos horários ao longo do dia, de modo a estabelecer com precisão se haverá ganho, e se este ganho compensa a preocupação de fazer o controle”, conta Gerson que realiza o serviço de análise do consumo da energia elétrica na Teknergia.
Para auxiliar os clientes a entender o que é a Tarifa Branca e ajudá-los na tomada de decisão, a COELBA, distribuidora do Grupo Neoenergia disponibiliza em seu site cartilhas explicativas sobre o tema. Também a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) preparou uma cartilha sobre a Tarifa Branca (www.abradee.com.br/escolha-abradee-para-voce/material-de-divulgacao/3752-cartilha-abradee-tarifa-branca-2017), assim como a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel (www.aneel.gov.br/tarifa-branca).
A distribuidora será responsável pelos custos de aquisição e instalação dos equipamentos de medição necessários ao faturamento da Tarifa Branca. Porém, o consumidor é responsável pelos custos decorrentes de eventuais alterações no padrão de entrada de sua unidade consumidora.
É importante que o consumidor seja consciente e, antes de optar pela Tarifa Branca, faça uma análise profunda de seus hábitos de utilização da energia elétrica ao longo do dia, comparando-os com os períodos de ponta e intermediário definidos pela Aneel.
Vale ainda registrar que a Tarifa Branca nada tem a ver com as bandeiras tarifárias (verde, amarela e vermelha patamares 1 ou 2). Estas, por sua vez, indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade no país. A definição da bandeira tarifária do mês seguinte é publicada pela Aneel ao final de cada mês, sendo compulsória para todos os clientes.
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