Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey em 2022 mostrou que, no contexto pós-pandemia, 35% das companhias estão dispostas a oferecer um trabalho totalmente remoto e outras 23% devem modificar seus planos para permitir parte da semana em home office, somando 58% das empresas consultadas. Estas novas regras de trabalho são uma das principais tendências que afetam o mercado imobiliário, já que há uma relação clara entre a forma de viver e trabalhar.
Esta busca pela flexibilidade se adapta ao perfil de consumidor que não se interessa em adquirir um imóvel. Uma pesquisa da Agência Today mostrou que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem alugar um imóvel a comprá-lo. “O brasileiro está refletindo sobre as vantagens de viver de aluguel. Ainda há uma carga cultural grande para compra, mas muitos já perceberam que a aquisição nem sempre é a melhor opção”, destaca Cristiano Viola, diretor de operações da incorporadora e gestora imobiliária Greystar, empresa global que opera mais de US$ 250 bilhões no setor imobiliário e é responsável pela gestão de US$ 62 bilhões de ativos, com foco exclusivo em imóveis voltados para locação.
Cristiano Viola
Diretor de operações da Greystar
Este novo cenário está fazendo com que muitas empresas apostem em empreendimentos voltados exclusivamente à locação, a exemplo do que já ocorre nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
De acordo com Cristiano, o objetivo desses empreendimentos é oferecer o melhor lugar possível para viver bem – incluindo áreas para home office. “Toda a infraestrutura desenvolvida é baseada nos hábitos de consumo e demandas da população local. No Brasil, além das tradicionais áreas comuns, os projetos tendem a garantir studio de podcast, área pet com pet wash, salas de spining e yoga e até mesmo o espaço para o churrasco”, esclarece.
A tendência é que os projetos de locação flexível ataquem justamente as novas demandas da sociedade, como a locação temporária de maneira simples e profissional dentro deste contexto de trabalho dinâmico. “Nessa nova realidade, muitas pessoas buscam lugares para viver sem a obrigação de fazer um contrato de 30 meses. Na Greystar, a duração de cada contrato é variável, de acordo com a necessidade do cliente”, explica Cristiano Viola.
Os apartamentos nesse formato são entregues no padrão americano: com marcenaria de cozinha e banheiro, geladeira, forno, cooktop, depurador, micro-ondas, máquina lava e seca e ar-condicionado central. Existe ainda a possibilidade de optar por imóveis mobiliados. “Esse segmento é bastante consagrado em mercados internacionais. No Brasil, apesar de ainda ser recente, já está ganhando bastante força e tende a crescer cada vez mais por facilitar a vida dos moradores”, complementa Viola.
Categorias
Publicidade
© 2020 Cade o Sindico Todos os direitos reservados.