Desde 2012 atuando no segmento condominial, Linda Carvalho aproveitou sua experiência numa administradora de condomínios para iniciar sua carreira como síndica profissional. Ela já administrou 11 condomínios, e atualmente está à frente de oito, entre condomínios residenciais, comerciais e mistos, sendo que um deles, Linda é síndica profissional há oito anos.
“Comecei em uma administradora de condomínios como gerente geral de atendimento e essa foi minha grande escola. Passei a conhecer os bastidores e acompanhava as atividades do proprietário que já atuava como síndico profissional”, revelou Linda, que participava frequentemente das assembleias de condomínios e viu a grande dificuldade para eleger um síndico morador: “Foi a motivação para me especializar e assumir esta profissão”.
Com dificuldade de encontrar um curso completo de Síndico Profissional, Linda incentivou a inclusão do curso no portifólio da administradora que trabalhava. “Hoje em dia, o curso da ACS FORMA, já está na sua oitava turma, e sou uma das facilitadoras, ministrando o módulo Implantação de Condomínios”, contou a síndica.
Para Linda, a vantagem do Síndico Profissional é a imparcialidade no tratamento com os moradores: “Quando preciso, notifico, aplico multa e não dispenso juros e multa. Busco sempre manter a harmonia entre vizinhos, intermediando de forma imparcial os conflitos entre eles. Preciso estar preparada para saber lidar com cada morador, saber ouvir e conduzir com base nas normas internas”, revelou Linda.
Ela inda reforça que sua gestão é participativa: “Todos podem colaborar com sugestões que serão avaliadas. Como sugerir a compra de um novo brinquedo, indicar a falta de um aparelho para a academia, indicar uma planta para o jardim, ajudar na decoração dos ambientes, etc. É impressionante como os moradores ficam satisfeitos quando tem liberdade de participar na valorização do seu patrimônio”.
A profissão também tem seus desafios. “Uma inquilina de temporada, que estava sozinha e era estrangeira, estava com dificuldade de respirar. Chamei o SAMU e no atendimento, ela faleceu segurando minha mão. O proprietário do apartamento morava no exterior e não tinha informações sobre ela. Eu estava com um corpo e um atestado de óbito sem ter para quem avisar. A delegacia me orientou a procurar o consulado, que depois de muito insistir, providenciou uma funerária para retirar o corpo do condomínio. O corpo ficou embalsamado por oito dias, aguardando localizar familiares. Devido aos impedimentos de viagens por conta da Covid-19, ela foi sepultada em Salvador sem a presença da família”, contou Linda que reforçou que essa foi uma experiência que exigiu muito controle emocional para conduzir a situação, demonstrando amor ao próximo.
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